sábado, 30 de outubro de 2010

Dicas de como agir com filhos em situações de mentiras e roubos

•Não chame à criança "mentirosa". Isso só reforça uma imagem negativa e a continuidade do comportamento inadequado.

•Explique com calma as conseqüências negativas de uma mentira e roubo com exemplos práticos. Se prejudica alguém deixe claro porque é que é errado fazer isso e se ela gostaria que alguém agisse assim com ela.

•Não grite com a criança para a obrigar a dizer a verdade. Isso só a intimida mais.

•Se suspeitar que a criança está a mentir faça perguntas genéricas. Como foi o passeio? Estava bom na escola? Depois de algum tempo volte a fazer as perguntas e compare as respostas.

•Castigá-la duramente não é a melhor táctica. Só fará com que minta mais para fugir da punição. Sua reação deve ser firme mas controlada, sem agressividade.

•O exemplo dos pais é fundamental. Nada de mentirinhas úteis: "Diz que a mamã não está. Diz que estou a tomar banho". Não minta nem peça ao seu filho para mentir.

A mentira no mundo infantil

Deixar de falar a verdade, ou seja, omitir uma situação, ou distorcê-la, relatando versões diferentes das que realmente aconteceram, são fatos que deixam os pais se questionando quanto ao porquê dos filhos agirem assim e do que fazer nestas situações. Muitos se sentem culpados porque não dão bons exemplos. Muitas vezes mentem ou omitem fatos na presença do filho ("meu pai me ensinou a não mentir, mas esqueceu-se de dizer a verdade"). Outros se sentem traídos, pois se dedicam ao máximo e recebem em troca filhos com valores distorcidos. Outros sentem-se fracassados, pois pensam que não sabem ensinar aos filhos conceitos importantes. Para falarmos sobre este assunto na fase da infância é importante primeiramente diferenciarmos a mentira da fantasia. Até três anos de idade a criança não distingue entre o real e o fantástico. Não consegue separar o faz-de-conta da realidade. É na infância que o senso ético vai se formando, amadurecendo. A internalização do certo e do errado vai acontecendo através de processos internos e será por volta dos nove anos que a criança terá estes dois conceitos melhor definidos. Portanto, ela poderá, neste percurso, às vezes, não falar a verdade e isto será normal. Quando, no entanto, a mentira se torna uma constante na vida da criança, é preciso investigar. Ela pode estar se tornando patológica. Muitas crianças mentem porque não querem decepcionar os pais que, às vezes, têm expectativas muito grandes em relação a elas. Pais muito bravos correm o risco de estarem ensinando os filhos a mentir, no sentido em que a criança pode deixar de falar a verdade por medo do castigo, da represália. Outras crianças mentem porque não sabem enfrentar as críticas, e não estão com a auto-estima bem estruturada. A mentira geralmente denota a sensação de fraqueza, impotência diante de alguma situação. Ocorre também das crianças mentirem porque aprenderam com os mais velhos. Presenciam os pais distorcendo os fatos, mentindo, omitindo. O modelo é fundamental na vida da criança, pois ela se espelha nele. É nesta fase que está sendo formado o caráter da pessoa. Por esta ser uma fase de formação, a criança irá repetir pela vida o que ela estiver aprendendo. Por isto ser um período tão importante. Diante das mentiras, no entanto, é fundamental que os pais não chamem os filhos de mentirosos, fracos, porque eles podem internalizar e acreditar que realmente são assim, e agirão de acordo com este rótulo. É essencial deixar claro que a crítica é para a atitude e não para a pessoa. Ou seja, não é a criança que é errada e feia. É a mentira que é errada e feia. Isto faz uma grande diferença. É bom conversar com o filho, tentar entendê-lo para compreender o que há por trás das mentiras. É bom lembrar que a criança que está acostumada a mentir não irá parar de uma hora para outra, porque acaba virando um hábito. Conversando, observando, tentando entender um pouco o mundo infantil, fica muito mais fácil auxiliar a criança no seu desenvolvimento. O importante é saber que a mentira, às vezes, pode fazer parte do processo de crescimento, mas se passa a ser uma forma exagerada pode ser um aviso de que há algo errado. A criança pode estar precisando de orientação, auxílio, atenção, ajuda...



Daniele Vilela Cardoso é Psicóloga

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Problemas de mamãs

Estou triste... novo recado da professora do João.
Dizia que se portara mal não completando os trabalhos da aula.
Mudei de estratégia. Desta vez não houve mamã zangada durante semana e meia a obrigar a deveres extra aos TPCs. Não que a estratégia não tivesse resultado mas porque o resultado só surtiu efeito durante menos de mês e meio.
Beijei-o. Informei-o da retirada de todos os jogos audiovisuais até informação contrária à da professora e disse-lhe que lhe daria todo o apoio na luta que iria travar consigo próprio até vencer esse lado de menino distraído e preguiçoso.
As lágrimas não se contiveram quando reforcei que contava com ele para me continuar a dar momentos de orgulho.
Evitei demonstrar o meu descontentamento para com a sua professora que lhe disse que eu «...estava bem enganada...» se pensava que ele assumir a sua enurese diurna aos colegas, aos quais ainda se está a adaptar, seria motivo de marginalização.
Tanto quanto fui informada e me fui informando, a enurese deriva da adaptação à nova escola e está a regredir. Será assim tão difícil perceber que é inoportuno?

terça-feira, 16 de março de 2010

Indisciplina nas escolas (vista por F. Savater)

Especialistas reunidos em Espanha

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar

Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro ‘Família e Escola: um espaço de convivência’, dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.

‘As crianças não encontram em casa a figura de autoridade’, que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.

‘As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa’, sublinhou.

Para Savater, os pais continuam ‘a não querer assumir qualquer autoridade’, preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos ’seja alegre’ e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.

No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, ’são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os’, acusa..

‘O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar’, sublinha.

Há professores que são ‘vítimas nas mãos dos alunos’.

Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que ‘ao pagar uma escola’ deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão ‘psicologicamente esgotados’ e que se transformam ‘em autênticas vítimas nas mãos dos alunos’.

A liberdade, afirma, ‘exige uma componente de disciplina’ que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.

‘A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara’, afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, ‘uma oportunidade e um privilégio’.

‘Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina’, frisa Fernando Savater.

Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que ‘têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos’.

‘Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia’, afirmou.

Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que ‘mais vale dar uma palmada, no momento certo’ do que permitir as situações que depois se criam.

Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.

Gostou? Então divulgue…

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Estamos feitos...

Um Senhor com várias lojas da Benneton, pediu para fazer sacos com uma previsão de 3 entregas anuais. Com base nessa previsão se calculou o custo/saco.
1º problema- O da gráfica imprimiu todos os sacos.
2º problema- entregaram tudo e o senhor passou-se
3ºproblema- alguns dos sacos traziam impresso na base o logótipo da gráfica
O da gráfica recolheu os caixotes em demasia.
Benneton escreve carta a dizer que estamos a fazer contrafacção (nós?)
Então foi um representante vosso...
Nova carta a exigir confissão (prazo de 4 dias) que temos sacos em stock (quando de facto estão no da gráfica)
Quanto ganhámos em vender sacos (como se nós vendessemos sacos)
Ameaçaram que o tribunal é o de Veneza (como se tivessemos sequer tusto para lá ir)
Nunca mais compro nada na Benneton nem na Sisley.
Acudam!!!!!!!! Nunca pensei que uma empresa que se baseia tanto na protecção do ambiente, possa ser tão agressiva no que respeita a humanidade
4ºproblema- não vamos pagar os sacos que ficaram no da gráfica porque têm logo que pedimos para não pôr, o senhor da loja já não os quer, nós não temos capital para gastar com sacos que têm de ser queimados (até porque a época das queimadas está a cessar)...