quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pais, meras bengalas

Nos dias que passam, não temos assim tanto para ensinar aos nossos.
Em virtude das horas que passamos a trabalhar e nas deslocações inerentes, cada vez mais cedo os filhos deixam de ser só nossos e passam a pertencer ao mundo, à sociedade que nos rodeia.
Os filhos entregues a outros, que, por serem outros, como nós não pensam.
Não se regem pelos mesmos valores, não se regem pelas mesmas regras e confundem nossos filhos.
Não deixam alinhar estratégias, não partilham o educar em conjunto. Surgem conflitos que não escapam ao olhar atento das crianças. As críticas (não construtivas) aos demais devem ser ocultadas para não transmitir à criança essa noção de crítica- um dia acusa-los-ão de algo pensando-se no mesmo direito.
Separar as águas é a solução. Em cada lugar e com cada qual, as regras vão variando e acredito que a confusão gerada se dissipará à medida que se apercebem que mesmo para os adultos, em qualquer organismo ou local, terão que conhecer os valores e as regras que os regem.
Aperceber-se-ão em todos os locais, em que se sintam como recém-chegados, que há que primeiro analisar como se comportam os demais para se poderem integrar e inter-agir; em cada país que visitarem fazer o mesmo e assim entender e respeitar culturas diversas.

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